Prezados catequisandos,
No nosso último encontro falamos um pouco sobre o sentido da Semana Santa. Gostaríamos de compartilhar com vocês um texto bastante interessante sobre esse marco importante da nossa fé e convidamos a todos para realizarem uma reflexão. Não haverá tarefa para entregar, apenas oferecemos a vocês uma oportunidade de análise da própria e fé e vivência.
Desejamos a todos uma abençoada Semana Santa.
Jesus venceu o mundo!
Equipe do Crisma
O TRÍDUO PASCAL
A Semana Santa para o povo de Deus sempre foi e continuará sendo um profundo retiro espiritual. Ele faz memória em sucessivas celebrações o maravilhoso mistério de sua salvação. Ele toma consciência de que Jesus Cristo, Filho de Deus encarnado na história, reconcilia o homem com seu Pai por meio de sua Paixão, Morte e Ressurreição. E a Páscoa judaica adquire um sentido muito mais amplo, porque o homem, redimido, lavado nas águas do Batismo, se torna filho de Deus no Filho Jesus que vence a morte.
O Domingo de Ramos celebrado domingo, abriu o retiro espiritual do Povo de Deus. Em procissão, ramos nas mãos, como se viu em todas as comunidades no domingo passado, ele aclamou Jesus como rei, como seu Senhor e Mestre. Imediatamente depois, ele fez memória de modo detalhado da paixão dolorosa deste rei que é rei pelo serviço, pela entrega total de si mesmo à morte de cruz.
Na quinta-feira santa, o Povo de Deus contempla Jesus lavando os pés dos discípulos e dizendo: façam assim também, estejam a serviço e recebam o meu novo mandamento: “Amem-se uns aos outros como eu vos amei!” Um programa de vida! E Jesus nos presenteia com o Sacramento do seu Corpo e do seu sangue, instituindo de uma só vez o Sacramento da Eucaristia e o sacerdócio cristão.
Na sexta-feira santa, o Povo de Deus jejua e se abstém de carne e celebra piedoso a Paixão e a Morte de Jesus. Às 15h, momento exato da morte de Jesus, o Povo de Deus lê, invoca, adora e comunga a Paixão do Senhor.
No sábado santo, à noite, o Povo de Deus fica em vigília. Acende o círio pascal com o fogo novo tirado da pedra e proclama com alegria que a noite é santa, relê na Sagrada Escritura a história da Salvação. Numa linda liturgia batismal, fala do novo nascimento em Cristo e canta o alegre e solene aleluia, pela vitória da vida sobre a morte.
Enfim, no domingo da ressurreição, o povo celebra a presença confortadora do Cristo vencedor da morte. É a Páscoa dele, é a Páscoa dos que o aceitam como Senhor e mestre.Que deste retiro espiritual saiamos fortalecidos na certeza de que Jesus nos reconciliou com seu Pai e fez de nós filhos amados dele. Viva a Páscoa!
Mas esta semana vai avante no mistério a morte de Jesus e da sua ressurreição. Nós escutamos a Paixão do Senhor.
Nos fará bem nos perguntarmos:
Quem sou diante de meu Senhor?
Sou capaz de exprimir a minha alegria, de louvá-lo? Ou tomo distância?
Quem sou eu diante de Jesus que sofre?
Ouvimos tantos nomes. O grupo dos dirigentes, alguns sacerdotes, alguns fariseus, alguns mestres da lei, que tinham decidido matá-lo. Esperam a oportunidade para prendê-lo. Será que sou eu um deles?
Ouvimos também um outro nome: Judas. Trinta moedas. Sou eu como Judas?
Ouvimos outro nomes: os discípulos que não entendiam nada, que dormiam enquanto o Senhor sofria. A minha vida é sonolenta?
Ou sou como os discípulos que não entendiam o que seria trair Jesus?
Ou Como aquele outro discípulo que queria resolver tudo com a espada: sou eu como ele?
Sou eu como Judas, que finge amar e beija o mestre para entregá-lo, para traí-lo? Sou eu traidor?
Sou eu como aqueles chefes que depressa montam o tribunal e procuram falsas testemunhas: sou eu como eles?
Sou eu como Pilatos? Quando vejo que a situação é difícil, lavo as mãos e não sei assumir a minha responsabilidade e deixo condenar - ou condeno eu - as pessoas?
Sou eu como aquela multidão que não sabia bem se estava em uma reunião religiosa, em um julgamento ou em um circo, e escolhe Barrabás?
Sou eu como os soldados que golpeiam o Senhor, lhe cospem no rosto, insultam-no, se divertem com a humilhação do Senhor?
Sou eu como o Cirineu que voltava do trabalho, cansado, mas teve a boa vontade de ajudar o Senhor a levar a cruz?
Sou eu como os que passavam diante da cruz e se zombavam de Jesus: Era tão corajoso. Desça da cruz, e nós creremos nele". Zombar de Jesus...
Sou eu como aquelas mulheres corajosas, e como a mãe de Jesus, que estavam ali, sofriam em silencia.
Sou eu como José, o discípulo escondido, que leva o corpo de Jesus com amor, para dar-lhe sepultura?
Sou eu como as duas Marias que permanecem diante do sepulcro, chorando, orando?
Sou eu como aqueles cabeças que no dia seguinte foram a Pilatos para dizer-lhe: "Olhe que este dizia que iria ressuscitar. Que não aconteça outro engano!", e bloqueiam a vida, bloqueiam o sepulcro para defender a doutrina, para que a vida não saia para fora?
Texto: Cônego Antônio Aparecido Pereira
Reflexões profundas
ResponderExcluirCreio ser todos e todas citados no texto, um ser humano cheio de qualidades e defeitos.Em busca do conhecimento que é Jesus